Se você deseja fazer uma cirurgia plástica e tem o hábito de fumar, este é o momento ideal para largar o vício e além de cuidar da beleza do corpo e do rosto, cuidar de sua saúde.
Com mais de 4000 toxinas, o cigarro é o grande causador de diversas doenças graves como problemas cardiovasculares, respiratórios e também doenças de pele e envelhecimento precoce. Quando se trata de uma cirurgia plástica, o fumante pode ter graves consequências desde a anestesia, por conta dos vasos sanguíneos que são danificados pelas substâncias que podem causar dilatações, rompimentos e complicações durante e na recuperação do procedimento cirúrgico.
Quais complicações o cigarro pode causar?
Definitivamente cigarro e cirurgia plástica não combinam principalmente pelos riscos durante o procedimento. O cigarro aumenta a produção de muco nas vias respiratórias, reduzindo os mecanismos do pulmão, o que atrapalha na oxigenação durante a anestesia. A nicotina, substância presente em grande quantidade no cigarro, é responsável pela vasoconstrição, o fechamento de pequenos vasos sanguíneos. Sem a circulação do fluxo sanguíneo, os tecidos podem sofrer a necrose em cirurgias plásticas que demandam grandes descolamentos de pele, como o lifting facial, abdominoplastia e mamoplastia.
Outro importante momento em que o cigarro e cirurgia plástica não combinam é no processo de cicatrização. Para ter uma cicatriz de boa qualidade e sem marcas ou manchas indesejáveis, o tecido precisa receber glicose e oxigênio para o funcionamento equilibrado das células, o que não ocorre no organismo da pessoa fumante. Quando o tecido não recebe oxigênio e sangue, a propensão de desenvolver infecções e cicatrizes deformadas é maior.
Também vale ressaltar que o cigarro é um dos grandes causadores de trombose após a cirurgia plástica. A trombose é a formação de coágulos que geralmente ocorre nas veias das pernas, em caso de desprendimento desses coágulos, eles podem viajar pela corrente sanguínea e atingir o pulmão, formando a embolia pulmonar, complicação que pode aumentar o risco de morte pós-operatória.
Cigarro e cirurgia plástica: como diminuir os problemas
É comprovado que largar o hábito de fumar é uma tarefa difícil que exige muito tempo. Por isso, é necessário que o paciente saiba suas reais condições de saúde e faça o possível para mudar a situação se realmente deseja realizar uma cirurgia plástica. O cirurgião plástico recomenda que o paciente que conseguir parar de fumar 30 dias antes do procedimento cirúrgico e não fumar nos 60 dias no pós-operatório já consegue ter bons resultados quanto ao procedimento.
Para realizar a cirurgia plástica com segurança, é preciso seguir todas as recomendações do cirurgião plástico que incluem: realização de exames pré-operatórios para identificar possíveis doenças e outras complicações, cuidar da alimentação, e deixar de fumar ao pelo menos um mês antes da realização do procedimento.
O Dr. Cláudio Lemos é médico cirurgião plástico com diversas especializações nacionais e internacionais que promovem a harmonização do corpo e do rosto. Através de um longo diálogo e os cuidados necessários, é possível realizar a sua cirurgia plástica com segurança e qualidade de vida.