IMPLANTE NOS SEIOS COM SUBSTÂNCIA PROIBIDA PODE LEVAR À MORTE
Usar polipropileno para aumentar os seios pode levar à morte. Leiam com atenção a entrevista com o cirurgião plástico Claudio Lemos. Houve um tempo em que ter seios fartos não era preferência nacional. Mas, atualmente, o desejo de aumentar os seios com implantes de silicone têm sido o motivo principal da lotação dos consultórios de cirurgiões plásticos. Sentir-se mais satisfeita esteticamente faz bem para a autoestima de qualquer mulher, mas é preciso não deixar a situação sair do controle. Recentemente, uma brasileira anunciou o implante da substância polipropileno que faz com que os seios aumentem aos poucos. Esta técnica pode levar até à morte.
O cirurgião plástico Claudio Lemos explica que o polipropileno ou polipropeno é um plástico derivado do propeno ou propileno e que este tipo de plástico pode ser moldado usando apenas aquecimento, ou seja, é um termoplástico. Entre os riscos do uso deste implante estão: necrose tecidual por tamanha distensão da mama, necrose da glândula mamaria, embolia, infecção, sepsis e morte.
Os implantes mamários de polipropileno são conhecidos, também, como String Breast Implants, e foram desenvolvidos pelo cirurgião plástico Dr. Gerald W. Johnson. Como apresentaram uma série de complicações no pós-operatório, o dispositivo foi proibido na União Européia, nos Estados Unidos e no Brasil. “Os implantes absorvem fluidos corporais e começam a expandir-se uma vez dentro do corpo, resultando em um crescimento quase contínuo da mama após a cirurgia. Este aumento pequeno, mas constante, resulta em mamas de tamanho muito acima do normal”, disse Lemos.
Os implantes de polipropileno formaram os maiores aumentos de seios por meio cirúrgico já registrados. “O fato de ultrapassarmos os limites individuais pode levar a cirurgias estimatizantes, problemas sérios posturais, dores intensas no pescoço pelo peso excessivo das mamas que é a cervicalgia, estrias (pelo estiramento rápido e mecânico da pele), flacidez com futura ptose mamaria e o “implante look” que nada mais é do que a aparência artificial das mamas causada pelo tamanho exagerado dos implantes”, alertou.
Há vários tamanhos de implantes mamários, sendo que alguns tamanhos combinam melhor com cada anatomia. De acordo com o cirurgião plástico Cláudio Lemos, a informação importante a ser transmitida pela paciente é o tipo de seios que ela deseja. “Podem ser mamas mais aparentes ou mamas menores e mais naturais, sem deixar de serem proporcionais ao biotipo de cada uma das pacientes”, disse.
“Em seguida, o cirurgião deve avaliar a anatomia da paciente, a largura de seu tórax, sua estatura e peso, a largura da base da mama, o tamanho das aréolas, a quantidade de pele e a espessura da derme, além da quantidade de glândula mamária que irá cobrir a Prótese de Silicone. Desse modo, dificilmente se cometera algum excesso e teremos um ótimo resultado cirúrgico”, completou o especialista.