Seja para melhorar a estética do corpo ou corrigir uma condição genética ou adquirida, a cirurgia plástica é uma das especialidades médica mais procurada nos últimos anos.
Atualmente, homens e mulheres procuram por procedimentos estéticos na mesma frequência para aperfeiçoar a aparência e combater os sinais de envelhecimento.
O aumento da busca por procedimentos estéticos para diminuir a insatisfação de pacientes fez a condição de dismorfia corporal surgir em reportagens, encontro de especialistas e até mesmo pessoas interessadas em cuidar da aparência procurarem mais informações para conscientizar pacientes.
A dismorfia corporal (ou Síndrome da Distorção da Imagem) é um transtorno psicológico que faz com que o indivíduo sinta insatisfação extrema com a imagem corporal, tendo uma percepção distorcida e preocupação exagerada com defeitos que são considerados mínimos ou até mesmo imaginários.
Segundo estudos, cerca de 2% da população global- no Brasil, seriam cerca de 4 milhões de pessoas, possuem a condição de distorção da própria imagem.
Sinais e Sintomas da Dismorfia Corporal
Estudos revelaram que existem alguns fatores que desencadeiam o transtorno mental. Pessoas tímidas, ansiosas e deprimidas que são obcecadas por detalhes que geralmente não são percebidos por outras pessoas, podem sofrer de dismorfia corporal.
A doença costuma surgir no início da adolescência e agravar na fase adulta. Já existem relatos de desenvolvimento do transtorno ainda na infância.
Os sintomas da dismorfia corporal são acompanhadas por preocupações simultâneas e sucessivas com o corpo. Por exemplo: uma pequena cicatriz no rosto pode ser vista como uma enorme fenda que pode chamar a atenção de forma negativa. As principais queixas são:
- Reclamações frequentes do tamanho, assimetria ou desproporção de alguma parte do corpo;
- Queixas constantes sobre formato e tamanho de regiões como nariz, orelhas e seios;
- Queda de cabelos;
- Defeitos na pele: espinhas, cicatrizes, queloides, alterações na pigmentação, pelos, sinais de expressão e estrias;
- Achar-se feio (a) constantemente;
Além disso, é comum que a pessoa com dismorfia corporal tenha pensamentos obsessivos que podem dificultar o convívio social. Por exemplo:
- Olhar no espelho com frequência para verificar o defeito que somente ela enxerga;
- Comparar-se a outras pessoas;
- Questionar familiares e amigos sobre o defeito;
- Tentar disfarçar constantemente o defeito utilizando maquiagem, óculos, roupas e acessórios;
- Falar com frequência sobre o desejo de realizar diversas cirurgias plásticas e até mesmo realizá-las.
Fatores de risco
Em geral, a disformia corporal atinge mulheres no início da adolescência e pode seguir até a vida adulta e dificultar o convívio social, vida profissional e relacionamentos. Entre os homens, a condição pode levar ao transtorno dismórfico muscular (vigorexia), transtorno psicológico que causa a busca incessante por músculos cada vez mais definidos.
Em ambos os casos, a dismorfia corporal pode causar sérios danos psicológicos. Muitas pessoas sofrem com a constante irritabilidade, timidez excessiva, tristeza, mau humor, ansiedade, insatisfação e estresse.
Em situações mais severas, muitas pessoas podem recusar-se a sair de casa por vergonha ou timidez, acarretando problemas emocionais mais intensos como a depressão, síndrome do pânico e transtorno de ansiedade.
Como Tratar a Dismorfia Corporal?
Antes de saber como tratar a dismorfia corporal, é preciso ter o diagnóstico correto do transtorno psicológico. Diversos estudos apontam que o cérebro de um dismórfico corporal sofre um descompasso de substâncias como a noradrenalina, dopamina e serotonina, principalmente nas regiões que transmitem emoções e relacionadas à visão.
Por isso, quando o indivíduo demonstra insatisfação com alguma parte do corpo e deseja realizar uma cirurgia plástica, é necessário entender se a queixa é constante e se está acompanhada dos sintomas e situações citadas.
Quando apenas a insatisfação é identificada, o médico cirurgião plástico deverá informar sobre as condições de um procedimento estético.
Para tratar a dismorfia corporal, é preciso entender que o processo de tratamento é intenso e pode haver a necessidade de uma equipe multidisciplinar composta por psiquiatria e psicoterapia.
Em geral, os especialistas indicam o uso de medicamentos antidepressivos aliado a sessões de terapia para entender as causas, as condições do indivíduo e como compreender e combater os pensamentos negativos e distorcidos sobre sua imagem.
O tratamento ainda consiste na busca de uma visão mais realista e aprender a utilizar o espelho de maneira mais saudável, assim como a necessidade da realização de uma cirurgia plástica.