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Jornal Cariocas – Dr. Cláudio Lemos

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Cirurgia sem ponto já é possível no Brasil

Data da postagem: 15/03/2017

Pacientes que vão submeter-se a cirurgias plásticas já podem contar com a ajuda de um recurso ainda desconhecido por muitos no Brasil e que vem somar tecnologia e rápida recuperação. Trata-se de uma fita de malha flexível e autoadesiva em combinação com um adesivo liquido, feitas a partir de poliéster e 2-octilcianoacrilato, que vem substituir os incômodos e doloridos fios cirúrgicos usados em 80% das plásticas realizadas no país.

De acordo com o cirurgião plástico Claudio Lemos formado e pós-graduado pelo Instituto Ivo Pitanguy, especialista pelas Sociedade Brasileira e Americana de Cirurgia Plástica, que vem utilizando a cola em suas intervenções nos últimos anos, com o novo método o tempo de cicatrização diminui demais se comparado as suturas tradicionais. “Eu conheci este sistema de fechamento de pele nos Estados Unidos e comecei a usá-lo assim que retornei ao país. É um avanço na medicina. Com ele se torna dispensável a utilização de curativos e retirada de pontos, diminuindo assim o tempo de recuperação e ansiedade dos pacientes no pós-operatório”, diz o cirurgião.

Lemos explica também que o fio cirúrgico continua sendo usado, mas na parte interna da pele, o qual ainda leva os pontos com um fio de material especial monofilamentado, transparente e absorvível o qual desaparece por completo do organismo. “A malha autoadesiva é utilizada apenas na pele não devendo ser utilizadas nas mucosas. Ela é aplicada sobre a ferida operatória ao final do procedimento cirúrgico e após 60 segundos ela já se cristalizou sobre a mesma promovendo uma impermeabilização segura da cicatriz. Com isso promove uma barreira microbiana, fornecendo uma proteção contra os microrganismos responsáveis por infecções no sitio cirúrgico. Outro aspecto interessante é a liberdade que o paciente tem de poder molhar a incisão logo após o procedimento e não precisar mais colocar nenhum curativo ou medicamento sobre a ferida operatória, dispensando a aplicação e troca diárias de curativos. O tempo para que a trama flexível com a cola caia sozinha varia de 15 a 21 dias, período no qual a cicatriz já passou pelo período de maior fragilidade ” afirma.

Em termos de resistência, o produto chega a ser sete vezes mais forte que os pontos simples, além de ter uma ação antibacteriana que evita o risco de contaminação. “Ela cria uma barreira potente e flexível evitando que bactérias entrem na incisão até que a epiderme esteja completamente cicatrizada”, afirma o cirurgião acrescentando que é esteticamente mais interessante. “Este sistema distribui a tensão ao longo de toda a incisão, agregando resistência uniforme á incisão, prevenindo assim a formação de espaços na pele caso esta seja forçada. Com isso a cicatriz fica menos perceptível. Além disso, com a ausência dos pontos externos, as temidas marcas deixadas pela tensão dos pontos deixam de ocorrer, pois os pontos tradicionais acabam servindo como um corpo estranho sobre a cicatriz operatória” explica.

Uma cirurgia plástica com este sistema de fechamento sem pontos externos acaba saindo um pouco mais cara do que se fosse feita com sutura convencional obviamente. Mas, de acordo com Claudio Lemos, as vantagens compensam o gasto. “A sutura pode levar quase uma hora para ser realizada, já com o uso da cola, o tempo de sutura é reduzido em até 75%, o que significa menos tempo do paciente no centro cirúrgico anestesiado e consequentemente menos riscos ao paciente. Por agilizar, simplificar e promover melhores resultados estéticos com o procedimento, não tenho dúvidas que o novo material aumenta e muito as chances de o paciente ter um excelente resultado estético” finaliza.

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